sábado, 24 de julho de 2010

Enquanto o Marvin dorme...

Os últimos dias têm sido de espera. Uma espera pra saber qual o futuro de Marvin, o persongaem mais real e interessante que já criei, é como se ele vivesse ao meu lado, como um espírito, apenas esperando o momento em que eu diga: "Exista!" e ele procurará alucinadamente o meu, ou o dele, bezerro cor de caramelo.
Enquanto isso, eu não durmo nem como direito, não penso em outras coisas, existo por Marvin enquanto eu tento relaxar e esquecer dos problemas, além de cuidar da vida. E enquanto ele "dorme", eu encontro com Martin, e ninguém quer brincar com ele, semelhanças não só no nome, isso é Herzog!

Ninguém Quer Brincar Comigo from fred burle on Vimeo.



Informações sobre o filme aqui.

(Ninguém quer Brincar Comigo, Alemanha, 13 minutos - 1974)

terça-feira, 13 de julho de 2010

Toy Story 3

Quando eu assisti Toy Story pela primeira vez, eu era muito pequeno, acho que nem entendia direito o que era aquilo, mas lembro de ter gostado ao ponto de ganhar uma fita VHS de presente de alguém que nem me lembro. Logo, quando lançaram o segundo filme, meu pai me levou ao cinema e dormiu na poltrona ao lado, enquanto aquelas imagens penetravam em minha cabeça para nunca mais sair.Um tempo depois, somando vários outros acontecimentos, eu percebia que era para aquilo que eu serviria, para fazer filmes, era o meu jeito de brincar pra sempre e nunca deixar de ser criança. Confesso que sempre tive um pouco de Peter Pan. Mas eu era prepotente ao ponto de achar que eu, ainda novo, sabia tanto quanto muitos outros adultos, pois talvez eu não conhecesse muitas pessoas que soubessem muito. Mas eu cresci, e hoje tenho consciência disso, sei que não posso brincar pra sempre. Sei também que não sei quase nada. Mas o que eu faço com a decisão que tomei ainda crinaça? Com a decisão de brincar pra sempre. É inegável que vou continuar fazendo cinema, é isso que eu faço, é isso que eu sei fazer. Mas também tenho toda minha infância guardada em pastas, armários, caixas e potes. Não guardei minha infância apenas dentro de mim, guardei materialmente também.

Hoje, ao assistir Toy Story 3, pensamentos ocorreram em minha mente e eu nem soube como reagir. O filme, é sem sombra de dúvidas, um dos melhores de todos os tempos, pois nos ensina a crescer. Pensei que deveria me desfazer de tudo materialmente, que nada do que guardei por todos esses anos faz mais sentido. É tudo lembrança, mas uma lembrança viva demais. Se eu andar pelo meu quarto resgatando tudo, sou capaz de ficar semanas só fazendo isso. Meu quarto ainda mistura "minhas coisas de criança" com meu mundo de hoje. Aliás, meu quarto já não é nem mais meu.

Não consigo me desapegar das minhas coisas materiais, apesar de viver feliz sem elas, preciso que elas estejam ali, guardadas. Já não sei o que fazer, são coisas demais, tenho medo de mexer em tudo isso, de brincar com meu passado, com minhas memórias de infância que para mim, eram perfeitas. É isso que Toy Story 3 faz.


domingo, 11 de julho de 2010

MaShUp

Eu gosto de trabalhar com essas pessoas que fizeram o piloto de programa de TV "Mashup". São eficientes, bonitos, inteligentes e o resultado fica assim, de um jeito que eu acho bom:







Assistam e Comentem!

sábado, 3 de julho de 2010

Swell Season na Globo. Razões pelas quais eu não gosto que isso aconteça.

Tudo caminhava bem, minha banda preferida vindo ao Brasil no próximo mês, show em São Paulo num dia que eu posso ir, até que... Descubro que a música deles foi parar na novela e fico puto. Talvez eu possa até ter exagerado, mas tenho razão em certa medida.
Quando ouvi pela primeira vez a música deles, foi durante a cerimônia do Oscar e eu nem tinha noção do que poderia ser aquilo, resolvi ir mergulhando até descobrir todo o universo que envolvia a música deles. É bem verdade que o Oscar serviu como um poderoso instrumento de divulgação para o filme, e consequentemente para a banda, mas essa não era a proposta inicial do prêmio. Ninguém conferiu a estatueta à dupla para que eles ficassem mais conhecidos.
Ao mesmo tempo, quando John Carney pediu musicas para o Glen e as colocou no filme, ele não pretendia divulgar as músicas, ele pretendia fazer um bom filme.

Então, eles anunciam shows no Brasil. E visivelmente a quantidade de público que eles atrairiam não seria muito grande, quem iria ao show seria aquelas pessoas que realmente gostam do trabalho deles ou que de alguma maneira ficassem curiosos ao saber do evento. Até que começam a tocar a música na novela.

Nunca assisti essa novela, mas acredito que não deve ser diferente de todas as outras que já passaram na Globo, com alguns erros a mais e alguns acertos também. Mas a função da música na novela não é, com toda certeza, compor a trilha musical e contribuir para a narrativa. É nitidamente apresentar a música para o grande público, e isso não teria problema algum. O problema é o que acontece a seguir. Muito provavelmente essa música passará a ser enxergada apenas como produto para que a vinda deles para o Brasil seja algo lucrativo para as pessoas que produzem o show. Aí você me pergunta: mas é claro! eles precisam ganhar dinheiro? Será mesmo que precisam? Pois com certeza a renda a mais que a música na novela vai garantir não atingirá a banda e sim várias pessoas que vão entrando na intermediação.

Quando passam filmes iranianos em Mostras de Cinema e Cineclubes pelo Brasil, certamente não há lucro. O que ocorre é uma difusão da cultura, as pessoas com mais acesso a esses locais passam a conhecer o que é feito ao redor do mundo. E é claro que é importante o acesso dos que não possuem condições a conteúdos culturais relevantes, mas isso não é feito por meio da massificação da obra. E o mesmo deveria ocorrer com o show da Swell Season.

Talvez seja pensar utopicamente. Mas eu acredito que por exemplo, uma boa estratégia de divulgação via internet seria bem mais interessante. Haja visto o post sobre vlogs, nenhum dos dois precisou de uma corporação por trás para ter milhões de acesso e o conteúdo produzido por eles é interessante e não massificado, não foi transformado em produto.
A música de Glen e Mar não vai ficar pior por tocar na novela, o que eu critico é a estratégia e o modo de lidar com algo que é bom, apenas visando dinheiro. Para a divulgação em massa pode até ser bom, mas para a música deles, será realmente necessário?

Agora deixando a imparcialidade de lado, eu já imagino aquela loira do Video Show entrevistando os dois, ou o Faustão falando no meio da música deles! E não venham me dizer que não há problema nisso.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Se a gente faz tudo direito....

As coisas dão certo!

Comigo acontece assim.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Pensando Vlogs e Reality Shows

Algum tempo atrás, tivemos na televisão a explosão dos Reality Shows. Por todo o mundo, pessoas expunham suas vidas em formatos diferentes nas mais variadas emissoras de televisão. Algumas buscavam o sucesso como cantores, ídolos pop, atores, ou simplesmente pretendiam ficar famosos. Muitos conseguiram, por alguns instantes. Surge então a categoria das sub-celebridades num fenômeno que é pouquíssimo estudado pelos acadêmicos e que se configura como um assunto complexo de ser estudado. A plateia, cada vez mais está na frente das câmeras.
Também é complexo o fenômeno que é a internet, livres de grandes corporações midiáticas que são as emissoras de TV, praticamente qualquer indivíduo no mundo pode criar seu conteúdo e divulgá-lo na internet e esse conteúdo pode ser qualquer coisa, literalmente, sem uma pessoa responsávelpor uma triagem do que seria o conteúdo de qualidade e do que seria ruim.
Algumas semanas atrás eu comecei a assistir dois vlogs (ou dois programas para internet?) onde com apenas uma câmera, o "apresentador" comenta fatos, acontecimentos e faz seu discurso dando sua opinião sobre coisas no mundo. Aos poucos fui percebendo que, a imagem do "apresentador" da internet se mistura com a "imagem" do indivíduo na internet e como que por consequência com a imagem dele na "vida real", fora do ambiente virtual.
Vamos explicar melhor...



Ao assistir os videos do @pecesiqueira encontramos conteúdo de qualidade audiovisual, opiniões sobre a Copa, as vuvuzelas, banho, videogames e etc. Mas essas opiniões vão revelando aos poucos dados sobre a vida (talvez a "vida real") do "apresentador". Sabemos que ele tem uma namorada ruiva, uma cachorra chamada Lola, que ele mora em São Paulo, sabemos como é seu quarto, que ele toca violão... O que, em certa medida, vai se configurando como um reality show virtual onde o público (os internautas) ficam na expectativa de saber qual o próximo passo dele. O que ele gosta de comer, o que ele gosta de vestir, se ele se incomoda em ser vesgo...
O mesmo acontece ao assitirmos os videos do @felipeneto. Vemos parte da sua casa, seu irmão, sabemos que ele está viajando, que está doente, que comprou novos óculos.



Talvez a grande diferença esteja na forma como essas informações são vinculadas. Enquanto que num Big Brother autorizam terceiros a vincularem informações sobre suas vidas, montando imagens que, muitas vezes podem não ser as imagens que os participantes gostariam de passar; nesses videos da internet, quem contrói a imagem é o próprio individuo, o "dono" do programa, do video.
É burrice afirmar que por ser o próprio individuo, a imagem que vemos na internet é a imagem real da pessoa e que o Felipe Neto realmente usa aqueles óculos e fala daquele jeito constantemente. Ao se dirigir para a câmera, qualquer pessoa irá se comportar da maneira como ela gostaria de ser vista, ainda que funcione ou não. Ao atuar para a câmera eles criam uma imagem deles dentro da internet. Essa imagem é completada por comentários no twitter e por toda a rede.

Não quero aqui dizer que um BBB e um cara que faz videos pra internet sejam a mesma coisa, longe disso. Mas eles possuem uma origem em comum, que talvez esteja na necessidade das pessoas pelo ato de voyer e pela exibição.
O conteúdo desses vídeos é realmente interessante se pensarmos que veiculam informação para uma imensa quantidade de pessoas e uma informação que não passa pela censura de interesses de grandes empresas, mas é uma coisa complicada demais para ser pensada num blog.
 
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