segunda-feira, 30 de março de 2009

People get ready


Há algum tempo atrás uma amiga me indicou um filme chamado Once (Apenas uma vez). Eu já havia escutado a música do filme anteriormente, aliás, eu a escutava quase que diariamente desde que assisti a apresentação na cerimônia do Oscar no ano em questão. Tamanha não foi a minha surpresa ao adorar o filme após assisti-lo, como de costume indiquei aos familiares e amigos que também gostaram, pois para quem gosta de música é um dos melhores, se não o melhor musical.
Contudo, após alguns meses de overdose da trilha sonora resolvi buscar mais trabalhos dos atores/cantores e encontrei um repertório imenso. Glen Hansard, o ator, compositor e intérprete da maioria das músicas também é vocalista da banda irlandesa The Frames. Marketa Irglová, a atriz, compositora e intérprete da maioria das músicas também possui outras composições juntas de Glen que não estão na trilha do filme. Passei a ouvir todas as músicas que os dois faziam e que eu conseguisse encontrar.
Uma das musicas em especial, da banda The Frames me chamou a atenção, “People get Ready”, ao invés de pesquisar sobre a música, seus compositores, ano de gravação e etc. resolvi ir para uma área mais próxima de meu conhecimento, e encontrei um dos vídeos mais interessantes que já assisti na internet. A simplicidade me conquistou, e o apelo emocional é tão sutil que envolve facilmente quem assiste. Em minha opinião, tudo conspira para que o vídeo fique bom, fotografia, arte, enredo e claro, a música. Não consigo mais parar de ouvir qualquer música que venha dessa fonte.



Dona Cristina perdeu a memória


Hoje vou postar uma crítica que escrevi sobre esse curta metragem. O objetivo da crítica era ser selecionado para a equipe do Critica Curta do Festival Internacional de Curtas de São Paulo, o que acabou acontecendo, mas infelizmente não pude participar.

É difícil afirmar quem aprende com quem, se é o garoto Antonio com a vizinha Dona Cristina, ou vice-versa. O fato é que, além dos dois personagens, quem aprende também é o público, não só pela boa qualidade do filme, mas também por sua delicadeza.
Em nenhum momento vemos senhores e senhoras de idade em situações ruins, mas, de certo modo, achamos que Dona Cristina deve ser tratada melhor e respeitada. Construímos uma imagem de uma senhora distinta e não louca. Se mergulharmos de cabeça no filme, acreditaremos em suas histórias mesmo que elas se contradigam A delicadeza se estende também para a ingenuidade de Antonio, que ao mesmo tempo em que engana, brinca com a vizinha e constrói uma amizade.
A qualidade e a delicadeza não se resumem ao roteiro, mas a todos os aspectos do filme: fotografia, cenário, figurino, som e etc. O filme esbanja qualidade com simplicidade: um único cenário, que se transforma em vários com as histórias de Dona Cristina; dois personagens que mudam com o passar dos dias; uma história simples que se desdobra em várias histórias, que podem ser tristes, engraçadas, reais, imaginárias, convincentes ou não.Enfim, estamos diante do mais puro olhar feminino, que ao mesmo tempo em que é capaz de enxergar as coisas com uma profundidade indescritível mostra ao público tudo que enxergou de uma maneira clara e também sensível.

Diversão é solução!



Resolvi inaugurar este espaço falando do filme que tornou minhas férias um pouco mais divertidas. Quando vi na televisão o anúncio de "Titãs - a vida até parece uma festa" sabia que deveria assistir, contudo achei que não haveriam oportunidades, uma vez que os cinemas em geral não exibem esse tipo de filme, eu teria que descobrir uma maneira para vê-lo. Contudo, minha surpresa foi maior quando soube que haveria uma sessão de estreia na minha cidade e para a qual eu fui convidado.

Assim, no dia em questão fui eu acompanhado de minha prima para ver o filme. Sem criar grandes expectativas, pude me entregar ao documentário e obter ótimas sensações. É claro que quem não gosta da banda vai achar o filme muito chato, mas ainda assim essa pessoa seria insensível, pois o que vi na tela foram cenas de amigos se divertindo e fazendo uma coisa muito boa, música. E se fosse apenas isso já seria suficiente, mas tem mais. O filme, sem apresentar uma cronologia muito fiel, utiliza das músicas famosas do grupo como ferramenta para uma montagem que faz com que o espectador possa inferir várias coisas, mas tratarei disso mais tarde.

A narrativa convence demais, e quando pensamos que está se tornando cansativo, pois já vimos que o grupo batalhou para fazer sucesso, chega nos grandes shows, músicas estourando... somos conduzidos a acompanhar a saída de Arnaldo Antunes e em seguida vários acontecimentos sucessivos que resgata a nossa atenção. Todos esses acontecimentos são ligados pela ferramenta que mencionei acima, a música, que torna momentos como a morte Marcelo Fromer muito mais emocionante ao som de "Epitáfio" e "Pra dizer adeus".

A ausência de entrevistas nos modelos padrões da maioria dos documentários e a ausência de um narrador com a "voz de Deus", para mim, é apenas um dos sinais de que o filme não procura espectadores burros e sim pessoas dispostas a passarem um pouco mais de uma hora rindo e se emocionando com uma das melhores bandas brasileiras. Ao mesmo tempo em que temos cenas onde é impossível controlar o riso, como o resgate de uma fã das garras de uma "perigosa aranha" narrado pelo Gugu, temos cenas que arrepiam como quando Nando Reis toca "Marvin" para milhares de pessoas.

Eu poderia descrever aqui todas as cenas e dizer o quanto elas são importantes para a composição do documentário, mas vale mais que fãs e não fãs da banda assistam, pois mesmo eu tendo assistido duas vezes, ganharia meu tempo me divertindo mais uma.
 
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