sábado, 11 de abril de 2009

Big Brother


Então acabou mais um Big Brother Brasil e infelizmente nada de muito novo foi acrescentado ao programa. Afirmo isso sem julgar as pessoas que concorreram ao prêmio, pois seria necessária uma análise mais psicológica do que audiovisual. Contudo, apesar do programa trazer pessoas diferentes a cada edição (e aqui não afirmo nem nego a escolha por tipos), a linha seguida por ele mostrou-se a mesma das anteriores.
No começo, quando ainda havia um muro no meio da casa, havia também a esperança de algo novo, porém, o muro cai e a edição que coloca em dúvida se o participante é bom ou mal retorna, e o mistério para ver quem não está usando uma “máscara” e é realmente o grande jogador da edição é trabalhado da mesma forma dos anteriores.
Ainda que sejam acrescentadas novas regras, quartos brancos, telefones e colares, o mando do jogo continua na mão dos editores. As combinações de voto, imunidade e indicações do líder passam a ser cada vez menos úteis; o suposto jogo que aconteceria dentro da casa deixa de existir e acompanhamos uma narrativa muito similar ao que já vimos um ano antes.
Defendo aqui uma maior liberdade de jogo dentro da casa, mas não uma menor dificuldade. Acredito que as regras para quem joga deveriam estar claras desde o começo, reservando as surpresas para os resultados das votações do público, que faria com que os participantes revissem as estratégias dentro de regras conhecidas por eles. O jogo deveria ser mais baseado na sorte e na inteligência, não deixando de lado a emoção, mas a incerteza do que está para acontecer, isso faz com que o jogo ceda lugar aos personagens que cada participante constitui em três meses de confinamento.
Apesar de tudo, o formato ainda agrada e continuará agradando, mas infelizmente as evoluções que o programa traz ao longo dos anos são poucas se comparadas ao público admirador que ele possui.
Por fim, gostaria de deixar claro que não condeno os rumos escolhidos, eles dão certo e continuarão dando certo por um tempo imprevisto, principalmente se considerarmos o lucro financeiro (mas não gostaria de entrar na questão da publicidade), mas acredito que uma evolução é possível e se fará necessária em breve.

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